Saiba quais são os principais males da obesidade
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Pesquisas mostram que mais da metade da população brasileira está acima do peso, sendo que, desse total, aproximadamente 17,5% são casos de obesidade. O que leva à obesidade? O consumo excessivo de carboidratos, gordura e açúcar podem desencadear uma série de problemas de saúde, entre os quais a obesidade. A má alimentação, aliada ao sedentarismo, é um dos fatores de risco para este quadro que avança no mundo todo. O histórico familiar de obesidade é um sinal de alerta para as pessoas que ainda não estão acima do peso, mas que não mantêm uma alimentação saudável nem fazem atividades físicas com regularidade.
Para saber se uma pessoa está acima do peso ou obesa é necessário calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). A conta é feita dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura. O resultado mostrará se o peso está na faixa considerada ideal ou se existe um desequilíbrio entre peso e altura, resultando em sobrepeso ou obesidade.
Exemplo: Uma pessoa que pesa 65 quilos e altura de 1,55 m, tem um IMC = 65/1,552 = 65/2,4025 = 24,97. Pela aproximação de resultados, o IMC = 25, ou seja, a pessoa está acima do peso desejado. Resultado igual ou superior a 30 corresponde à obesidade.
No entanto, esse não é o único resultado a ser considerado, porque um atleta pode apresentar um IMC maior que o desejado, não por estar acima do peso, mas por ter mais massa muscular. Ou seja, é necessário um exame médico completo para determinar o sobrepeso ou obesidade.
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Veja a relação entre a obesidade e outras doenças
1. Diabetes: As células de gordura possuem receptores que favorecem o encaixe de moléculas de insulina. Quando essas células ficam maiores, em consequência do aumento do volume de gordura estocada, a quantidade de insulina torna-se insuficiente, exigindo uma produção maior desse hormônio. A obesidade abdominal, por exemplo, faz com que o pâncreas tenha que produzir mais insulina para fazer a compensação. A insulina é produzida, normalmente, por quem é portador do diabetes tipo 2, no entanto, se esta pessoa começar a engordar, chegando a obesidade, haverá uma necessidade maior do hormônio para equilibrar a taxa de glicose. O resultado desse processo é o diabetes.
2. Hipertensão arterial: O sobrepeso e a obesidade podem elevar a pressão arterial, principalmente quando a gordura está acumulada no abdômen. Mulheres com cintura acima de 80 cm e homens com mais 94 cm já estão no grupo de risco para desenvolver a pressão alta. A obesidade causa o aumento de insulina na corrente sanguínea e maior retenção de sódio nos rins. Com isso, existe um risco maior para a diabetes e hipertensão arterial. Pessoas obesas têm seis vezes mais chances de ter pressão alta. Quanto mais gordura no corpo, principalmente no abdômen, mais dificuldade o sangue encontrará para passar pelo vasos sanguíneos. Isto faz com que o coração tenha que fazer mais força para bombear o sangue, elevando, assim, a pressão arterial.
3. Hipotireoidismo: O hipotireoidismo reduz o metabolismo, ou seja, o funcionamento torna-se mais devagar. Com isso, existe um risco maior de aumento da taxa de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea. Além disso, o hipotireoidismo provoca a retenção de líquidos nos tecidos gordurosos, resultando em aumento do peso corporal. Ou seja, a pessoa ganha peso, não por excesso de gordura, mas por acúmulo de água no organismo, gerando o inchaço. Se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, a pessoa corre o risco de chegar à obesidade.
4. Má circulação: A obesidade afeta a circulação sanguínea porque há uma retenção maior de sódio no organismo e gordura nos vasos sanguíneos. Além disso, o excesso de peso sobre as pernas dificulta o retorno do sangue ao coração. Com isso, o sangue não consegue circular normalmente. O esforço que é feito pelo sistema vascular para bombear o sangue até o coração resulta na dilatação e deformação das veias, gerando varizes e trombose, por exemplo.
5. Celulite: Se uma pessoa magra pode ter celulite, imagine, então, alguém que já chegou à obesidade. Quem está acima do peso, acumula gordura em várias partes do corpo, o que favorece o surgimento da celulite, principalmente nos quadris, coxas e nádegas. Os depósitos excessivos de gordura alteram os tecidos subcutâneos, formando depressões ou covinhas na pele, a celulite. No processo de emagrecimento, a celulite, geralmente, é o último problema a ser resolvido, porque a eliminação dessas gorduras exige tratamentos mais específicos. No entanto, ao perder peso e praticar mais atividade física, é possível controlar a celulite até o ponto em que é necessário fazer algum tratamento dermatológico para eliminá-la de vez.
Tratamento da obesidade
A obesidade, na maioria dos casos, é consequência do consumo elevado de calorias, associado ao sedentarismo. Portanto, a primeira ação a ser tomada é consultar um médico para fazer o check-up geral (necessário para identificar outros problemas de saúde originados pelo ganho de peso) e iniciar o tratamento da obesidade e de doenças relacionadas a ela.
Para perder peso, é fundamental mudar hábitos alimentares e o estilo de vida. Fazendo a reeducação alimentar e praticando atividades físicas, é possível emagrecer com saúde. Nenhum medicamento deve ser tomado sem prescrição médica, para não aumentar os riscos de outros problemas de saúde.
Cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é indicada para casos de obesidade mórbida e as comorbidades, como a hipertensão arterial e a diabetes tipo 2, por exemplo. O objetivo dessa cirurgia é reduzir o estômago para que a pessoa obesa consiga controlar o peso com mais eficácia. Há quatro técnicas de cirurgia bariátrica (banda gástrica ajustável, by-pass gástrico, gastrectomia vertical e derivação bileopancreática), sendo que a escolha do método será feita pelo médico, conforme o estado de saúde do paciente.
O controle de peso não é necessário somente por uma questão estética. O motivo mais importante é a saúde, pois o sobrepeso e a obesidade causam outros males, comprometendo totalmente a qualidade de vida. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica, pensando sempre em não chegar à obesidade e, muito menos, sofrer as consequências dela, como as doenças cardiovasculares, respiratórias, ósseas e depressão.
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